Real Digital: Conheça a nova moeda digital brasileira

Durante o evento do “Prêmio Valor 1000”, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, revelou que já estão em curso os testes do Real Digital, e a CBDC nacional tem previsão para lançamento em 2023.

Conforme revelado pelo presidente, o caso de uso do Real Digital proposto pelas empresas selecionadas no Elevator Challenge foi executado pelas empresas participantes em um cenário de teste que deve durar até janeiro de 2023, quando os testes serão concluídos e os conceitos avaliados pelo BC.

Campos Neto ainda destacou que entre as empresas selecionadas estão bancos, protocolos de criptomoedas e empresas de criptoativos. Ele também observou que as soluções envolvidas no teste incluem DeFi (pools de liquidez), DvP (títulos tokenizados), criptoativos, IoT  (Armários inteligentes/logística para e-commerce), dinheiro programável (financiamento de atividades rurais) e muito mais.

Não foram informadas datas por Campos Neto durante o evento, para o início da testagem por parte dos consumidores do Real Digital. Mas, anunciou que, assim como na China, a testagem seria escalonada, ou seja, primeiro uma parcela da população teria acesso ao Real Digital e suas soluções e, em seguida, o público se expandirá gradualmente.

Operações práticas nos testes do Real Digital

A partir do ano que vem, os testes colocaram em prova o uso para os caso de entrega versus pagamento (DvP), Internet das Coisas (IoT), pagamento versus pagamento (PvP), finanças descentralizadas (DeFi) e soluções de pagamento digital. -line, para quando o destinatário ou o pagador ou ambos estiverem offline.

A Tecban, empresa responsável pela rede de caixas eletrônicos, está participando do LIFT por meio de um projeto desenvolvido em parceria com o Banco Capital, ex-sócio da exchange brasileira de criptomoedas Binance. As soluções baseadas em Internet das Coisas (IoT) envolvem a emissão de produtos adquiridos por meio de e-commerce e Real Digital como uma forma de pagamento.

Os contratos inteligentes só são pagos aos vendedores depois que os produtos armazenados no armário são removidos, o que elimina o elemento humano da relação de confiança dos vendedores e compradores.

Transações internacionais mais viáveis

Leandro Vilain, Diretor Sênior de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban, destacou que a colaboração é um recurso importante para a CBDC do Brasil, inclusive viabilizando transações internacionais, e seu projeto de empréstimos por delivery-versus-payment (DvP) tem seleção realizada por parte do laboratório do banco Central.

O projeto do Santander resolve o problema da propriedade tokenização de ativos, o que, no entanto, permite a transferências de pagamento instantâneas e alterações de propriedade de ativos. Em suma, a representação digital do veículo na forma de tokens não fúngicos possui envio através de transferências de pagamento por meio do Real Digital.

Então, nesta situação, a transferência acontece e tem seu registro feito na rede blockchain autorizada. Em outras palavras, podemos dizer que a organização central tem o poder de conceder ou não a autorização de acesso do usuário final.

Por fim, a Visa está trabalhando com a Microsoft e a Consensus, empresa que tem a responsabilidade de cuidar da infraestrutura da rede Ethereum, para desenvolver um projeto de teste de instrumentos financeiros descentralizados para servir como um meio de financiar pequenas e médias empresas.

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Relação entre as Criptomoedas e o Real Digital

Mais recentemente, Campos Neto deu a afirmação que as criptomoedas nasceram para prestar atendimento das necessidades da sociedade de pagamentos mais rápidos e baratos. No entanto, isso evoluiu para um sistema de contrato inteligente que transformará a economia do futuro em uma economia “tokenizada”.

Ele disse: “Estamos falando de extrair valor digitalmente de ativos, sejam arte, fotos, propriedades, ideias ou até dinheiro”.

Em relação ao Metaverso, Campos Neto deu destaque ao Metaverse como um exemplo de como a economia do futuro pode ser tokenizada, pois o novo ambiente digital deu origem à tokenização e monetização da realidade virtual. Ele ainda apontou: “Isso está apenas no começo”.

Além disso, ele afirmou há pouco tempo que o sistema financeiro nacional já possui uma CBDC sintética, que é uma forma diferente de pagamento, transferência e uso do Real em ambiente digital por meio de TED ou DOC e, mais recentemente, usando o Pix.

Dessa forma, a proposta de regulamentação das criptomoedas do BC no Brasil é integrar o funcionamento já “digital” do sistema financeiro nacional, como o sistema de criptoativos, para que os cidadãos possam usufruir dos benefícios do que o BC chama de dinheiro programável.

Fontes: Edital Concursos Brasil e Exame.

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